A doença provoca fortes dores musculares e pode desencadear até depressão
A fibromialgia é uma doença silenciosa e não detectável em exames laboratoriais ou radiografia. Além da dor muscular generalizada, quem sofre da patologia convive constantemente com alterações de sono, memória e humor. Nesse contexto, a campanha Fevereiro Roxo representa a oportunidade de compartilhar informações, como as referentes aos sintomas e tratamentos paliativos disponíveis, e mostrar que embora a doença não tenha cura, o diagnóstico precoce ajuda a manter a qualidade de vida.
“Apesar de ser uma doença incurável, não significa que o portador não possa ter qualidade de vida. Inclusive, se não acompanhado adequadamente, ao longo do tempo, os sintomas se potencializam e interferem na vida social dos pacientes”, alerta a anestesiologista e coordenadora do Itaigara Memorial Clínica da Dor, Dra. Anita Rocha.
A cantora Lady Gaga, por exemplo, cancelou sua participação no Rock in Rio em 2017 por conta de uma crise de fibromialgia. Alguns portadores relatam não suportarem sequer o contato da roupa com o corpo, tamanha a intensidade da dor.
“Por debilitar tanto, a síndrome causa um grande impacto na vida dos pacientes, o que pode acarretar problemas emocionais. A depressão e ansiedade podem aumentar a sensação de dor, a incapacidade e tornar a adesão ao tratamento ainda mais difícil”, explica a psicóloga do Itaigara Memorial Clínica da Dor, Gilmara Rodrigues.
Sintomas
A doença, que já acomete 5% da população mundial e 2,5% na população brasileira, é predominante em mulheres, na faixa etária de 20 a 50 anos, em uma proporção de sete mulheres para cada homem, mas pode acometer pessoas de qualquer idade ou gênero.
Além das fortes dores por todo o corpo durante muito tempo, estão entre os sintomas: sensibilidade nas articulações, nos músculos e nos tendões, ocasionando fadiga excessiva, indisposição e diminuição da qualidade do sono, bem como distúrbios cognitivos como esquecimento, falta de atenção e dificuldade de concentração.
Com o tratamento adequado, que envolve tanto o uso de medicamentos quanto a prática de terapias, como fisioterapia e acupuntura, alimentação saudável, prática de exercícios físicos e acompanhamento psicológico é possível que o paciente tenha uma grande melhora na qualidade de vida e possa viver normalmente.
Exercícios e Alimentação
“O exercício é um dos tratamentos mais eficazes. Combate todos os sintomas da doença, incluindo dor, fadiga e problemas de sono. A atividade física ajuda a manter a massa óssea, melhora o equilíbrio, reduz o estresse e aumentar a força. Fazer exercícios regulares também auxilia no controle de peso, o que é importante para reduzir a dor da fibromialgia”, indica a fisioterapeuta do Itaigara Memorial Clínica da Dor, Ana Cássia Baião.
Nesse processo, a alimentação correta também é essencial. O que não significa que algum alimento específico ou uma dieta da moda possa atuar contra a condição, mas uma mudança completa nos hábitos incluindo alimentos mais saudáveis e reduzindo os industrializados e ultraprocessados pode ser uma boa ferramenta.
“Dietas ricas em antioxidantes, principalmente das fontes vegetais, são as mais indicadas. A alimentação mais saudável, de forma geral, melhora a saúde mental e o otimismo dos pacientes, que muitas vezes tem o emocional abalado”, pontua o nutricionista do Itaigara Memorial Clínica da Dor, Leandro Sarmento.
É importante destacar que quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de resposta positiva ao tratamento dos sintomas associados à Fibromialgia, podendo até mesmo retardá-los.
A atenção e o cuidado de uma equipe multidisciplinar podem fazer toda diferença. Logo, se você tem um familiar com suspeita dessa doença ou com diagnóstico confirmado, o ideal é buscar ajuda especializada. No Itaigara Memorial Clínica da Dor, tratamos a dor de forma integral e multidisciplinar, com um corpo clínico altamente capacitado e pronto para ajudar.
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