APLV é a alergia alimentar mais comum na infância

De forma habitual, o leite de vaca é um alimento presente no cotidiano das famílias. Pode ser oferecido de forma indireta, por meio do leite materno ou através das fórmulas infantis, se tornando destaque quando o assunto é alergia alimentar. Conhecida como APLV, a Alergia à Proteína do Leite de Vaca é uma reação imunológica do organismo da pessoa à uma proteína do leite da vaca e é a alergia alimentar mais comum na infância (atinge de 2% a 5% das crianças), apresentando sintomas gastrointestinais, respiratórios ou cutâneos.
“A alergia a proteína do leite de vaca é uma reação adversa ao componente proteico do leite e envolve mecanismos imunológicos, o que diferencia da intolerância a lactose que é uma reação adversa, envolvendo a digestão ou o metabolismo”, explica Dra. Júlia Ferreira, gastroenterologista pediátrica e pediatra geral.  ” Isso é motivo de confusão entre os pais, tanto para diagnóstico quanto para tratamento”, acrescenta.
Quando o bebê se alimenta apenas de leite materno e apresenta sintomas de reações alérgicas, ele pode estar reagindo às pequenas quantidades de proteínas do leite de vaca transmitidas pelo leite da sua genitora. Daí, o pediatra irá orientar que a mãe não consuma produtos lácteos e seus derivados. “Se houver a melhora dos sintomas no bebê, provavelmente, ele tenha APLV”, comenta a pediatra.
Quais são as causas?
Diversos fatores podem contribuir para o surgimento da APLV, apesar da sua causa ainda não está esclarecida por completo. Confira algumas delas:
– O tamanho e o peso da proteína do leite de vaca, já que o intestino dos bebês ainda é imaturo, gerando uma inflamação na mucosa intestinal. Por isso os sintomas surgem no primeiro ano de vida.
– Predisposição genética.
-Etnia e alterações na dieta.
Principais sintomas:
– Cutâneo: coceira, urticária, inchaços na pele, manchas vermelhas pelo corpo e dermatite atópica.
– Gastrointestinal: náuseas, vômitos, diarréia, sangue nas fezes, refluxo gastrointestinal e dor abdominal.
– Oral: coceira/inchaço dos lábios, língua e palato.
– Respiratório: coceira e sensação de garganta fechando, inchaço de glote e laringe, tosse seca irritativa, sensação de aperto torácico, crises de espirro e intensa congestão nasal.
“Vale salientar que os sintomas da Alergia à Proteína do Leite de Vaca são inespecíficos e podem surgir em outras condições. Logo, o fato da criança apresentá-los não significa que ela tenha – de imediato – APLV”, alerta Dra. Julia. “Diante de um possível caso de alergia, o pediatra pode excluir a proteína do leite da vaca da dieta da criança. Caso haja o desaparecimento dos sintomas, provavelmente o diagnóstico estará correto. Mas ele só pode ser concluído diante do resurgimento dos sintomas, após o teste de provocação oral”, complementa a médica.
Para tratar a APLV é necessário excluir totalmente o leite de vaca e seus derivados da alimentação (6 a 12 meses) de acordo com a idade e o tipo de reação apresentada. Cada caso é tratado de forma personalizada, não sendo possível dizer exatamente o tempo para a resolução da questão, pois depende do organismo de cada paciente.
Gabriela Bandeira
Comunicativa, antenada e com atuação há mais de 16 anos na área de assessoria de comunicação, Gabriela Bandeira é jornalista formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com curso de extensão na Universidade de Jornalismo de Santiago de Compostela (Espanha). Em 2019, reuniu toda a sua experiência e expertise em comunicação estratégica e conteúdos digitais, com atuação há mais de 12 anos no segmento de shopping center, e abriu a própria agência: a Comunicando Ideias. Filiada à Associação Brasileira de Agências de Comunicação (ABRACOM), possui alcance na Bahia e outros estados do Nordeste.