O anúncio do prefeito ACM Neto nessa terça (07), em conjunto com o governador do estado, Rui Costa, sobre a retomada das atividades comerciais na capital em três fases — baseado na porcentagem da taxa de ocupação dos leitos de UTI (atualmente 79%) — , dividiu expectativas na categoria de ‘bares e restaurantes’.
Acumulando perdas desde o início da pandemia, com a implementação de medidas rigorosas para frear o avanço da Covid-19 na cidade, o setor suspendeu o movimento presencial em cerca de 12 mil estabelecimentos de “alimentação fora de casa” e registrou diversas quedas no faturamento, mesmo com o segmento de delivery tendo aumentado 20% no mesmo período, segundo dados compilados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Com a flexibilização da categoria prevista para acontecer na “Fase 2” — menos de 70% de ocupação dos leitos — da retomada comercial, trabalhadores da área estão esperançosos com a volta das atividades para o segundo semestre, contando ainda com um “plano de aproveitamento do espaço público”, medida anunciada previamente pelo prefeito na segunda, 6. Apesar do incentivo ao funcionamento, a gestora do “Bistrô Paris 6 Salvador” e empresária Kaline Rabelo, acredita que a retomada “ativa” da clientela só deve acontecer em meados de setembro.
“Eu não estou muito otimista com a volta do comércio, pois acredito que meu setor será um dos últimos a se normalizar em questão de clientes e procedimentos. São muito critérios e o atendimento requer, no momento da refeição, que não haja o uso de máscaras”, explica.
Kaline alega que o prejuízo no restaurante vai além do faturamento, visto que diversos insumos (ingredientes, equipamentos, dentre outros) tiveram que ser descartados. Entre os prejudicados com a crise, estão garçons, cozinheiros, equipes de limpeza e demais profissionais que esperam a retomada comercial para garantir o vínculo empregatício.
Outra mudança que acompanhará a retomada das atividades em restaurantes, segundo Kaline, são as medidas de higienização. A empresária explica que o Paris 6 — localizado no Shopping da Bahia, 3º piso — já reduziu o número de mesas e fez instalações de álcool em gel, sob treinamento e uso de máscara por todos, seguindo protocolos de limpeza ainda mais rigorosos. Ainda segundo a gestora, a esterilização e medidas de segurança contra a COVID-19 serão práticas costumeiras em estabelecimentos de alimentação nos próximos meses.
Mesmo com a reabertura dos shoppings na ‘Fase 1′, Kaline destaca que as atividades no Paris 6, por ser um restaurante, segue com o funcionamento restrito apenas para retirada no balcão ou delivery. O movimento presencial das atividades nesses locais segue previsto para acontecer somente na ‘Fase 2’ da retomada do comércio.
Dividida em 3 fases, a reabertura gradual de cada atividade na capital depende da taxa de ocupação dos leitos de UTI. No 1º ciclo (- de 75%), serão reabertos shoppings, centros comerciais e semelhantes, templos religiosos e comércio de rua. No 2º ciclo (-70%), centros culturais, bares e restaurantes e barbearias compõe algumas das atividades. No 3º ciclo (- de 60%), estão previstos para reabrir parques de diversão, teatros, Centro de Convenções, entre outros.
Para mais informações sobre o bistrô, acesse a página do Instagram @paris6_salvador_.
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