Endometriose atinge mais de 7 milhões de brasileiras

Dor pélvica intensa, inclusive no período menstrual, dor nas relações sexuais e dificuldade para engravidar. Estes são alguns dos sintomas da endometriose, doença que, de acordo com o Ministério da Saúde, atinge uma a cada dez brasileiras somando cerca de 7 milhões de pessoas. Apesar de não haver cura a doença tem tratamento que inclui mudanças no estilo de vida, medicações e a cirurgia.

“A endometriose é uma doença que tem entre 7 a 10 anos como tempo médio para o diagnóstico, mostrando que ainda passa despercebida em algumas pacientes”, afirma a ginecologista Talitha Alves.

Mesmo na atualidade com o avanço na medicina, o diagnóstico é muito complexo e geralmente dura entre 7 a 10 anos, a partir do momento em que uma mulher percebe os sintomas – e eles são levados a sério. Os exames de imagem realizados por profissionais capacitados apresentam eficácia no diagnóstico e em alguns casos a cirurgia se faz necessária para confirmação através da biópsia.

“A cólica no período menstrual é dita como normal. Tal conceito vai passando através de gerações o que torna o diagnóstico atrasado. Dor pélvica incapacitante, que compromete a qualidade de vida da mulher, não pode ser tratada como nromal”, acrescenta a ginecologista.

A doença é causada pela presença do tecido endometrial, que reveste a parte interna do útero, fora deste órgão. Ela é crônica, não tem cura, mas o seu tratamento pode deixar a paciente sem sintomas e oferecer qualidade de vida às mulheres. As portadoras da endometriose não fazem parte do grupo de risco da Covid-19, mas o estresse psicológico, causado pela pandemia, pode intensificar as dores e levá-la a automedicação.

O ginecologista é o profissional indicado para realizar a investigação. Além do relato das pacientes, o médico utiliza exames como ultrassonografia e ressonância magnética no fechamento do diagnóstico. Já o tratamento, varia de acordo com a patologia, e pode ser realizado com uso de medicação ou intervenção cirúrgica.

“A endometriose quando diagnosticada precocemente permite uma vida com mais qualidade. A progressão da doença pode, além da dor, comprometer o futuro reprodutivo da mulher. Meu maior intuito como especialista em endometriose é acolher minhas pacientes mostrando que é possível conviver com a endometriose de uma forma positiva”, conclui Dra Talitha Alves.

Gabriela Bandeira
Comunicativa, antenada e com atuação há mais de 16 anos na área de assessoria de comunicação, Gabriela Bandeira é jornalista formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com curso de extensão na Universidade de Jornalismo de Santiago de Compostela (Espanha). Em 2019, reuniu toda a sua experiência e expertise em comunicação estratégica e conteúdos digitais, com atuação há mais de 12 anos no segmento de shopping center, e abriu a própria agência: a Comunicando Ideias. Filiada à Associação Brasileira de Agências de Comunicação (ABRACOM), possui alcance na Bahia e outros estados do Nordeste.