Cresce a procura por congelamento de óvulos entre mulheres que não se sentem seguras para engravidar durante a pandemia

Se antes os fatores que mais levavam as mulheres a adiarem o sonho da maternidade eram as mudanças na sociedade e no mercado de trabalho, hoje, a pandemia também está sendo responsável por esse comportamento. E diante desse cenário de incertezas, o congelamento de óvulos tem sido uma alternativa para quem deseja ter um bebê de forma planejada e em um cenário social considerado normal.

“Está tudo muito instável e isso está levando parte das mulheres que desejam engravidar a adiar os planos no que tange a ter um filho”, frisa Dra. Sofia Andrade (@drasofiaandrade), médica especializada em reprodução humana. “O congelamento de óvulos é uma alternativa eficaz para aquelas que não querem engravidar no momento atual. Pelo método, é possível preservar o maior nível de fertilidade presente nos gametas femininos mais jovens, permitindo que a paciente planeje qual é o momento ideal da sua vida para conceber”, acrescenta.

Mas o que é o congelamento de óvulos? “Trata-se de um procedimento em que os óvulos da mulher são captados e colocados em nitrogênio líquido. Por lá, eles são congelados e armazenados a uma temperatura de 196° negativos”, explica Dra. Sofia. “O congelamento é possível em qualquer idade, caso haja óvulos em quantidade e qualidade. Quanto mais jovem for a mulher, melhor será a qualidade dos óvulos coletados e maiores as chances de uma gravidez no futuro”, complementa a médica.

O congelamento de óvulos é indicado para mulheres que não podem (ou não querem) uma gravidez no momento atual e também para pacientes em tratamento de câncer, já que a radioterapia e a quimioterapia podem prejudicar a reserva ovariana e a fertilidade futura da mulher. “Tem casos que após a quimioterapia, a paciente pode evoluir para um quadro de menopausa precoce”, ressalta Dra. Sofia Andrade. O congelamento também é indicado para pacientes que necessitam remover os ovários por conta de doenças benignas (cistos de endometriose ou tratamentos de doenças autoimunes que comprometem a reserva ovariana). “Vale informar que os óvulos podem ficar congelados por cerca de 15 anos.

Gabriela Bandeira
Comunicativa, antenada e com atuação há mais de 16 anos na área de assessoria de comunicação, Gabriela Bandeira é jornalista formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com curso de extensão na Universidade de Jornalismo de Santiago de Compostela (Espanha). Em 2019, reuniu toda a sua experiência e expertise em comunicação estratégica e conteúdos digitais, com atuação há mais de 12 anos no segmento de shopping center, e abriu a própria agência: a Comunicando Ideias. Filiada à Associação Brasileira de Agências de Comunicação (ABRACOM), possui alcance na Bahia e outros estados do Nordeste.