COMO TRATAR A DOR NO PÓS-CHIKUNGUNYA

 

Dores intensas nas articulações durante semanas, meses e até anos. Essa é a realidade de milhares de pessoas infectadas pela Chikungunya, vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. A Bahia registrou um aumento de 434% casos da doença, pulando de 4.365 entre dezembro de 2018 e junho de 2019, para 23.311 entre dezembro de 2019 e 2 de junho de 2020. Com esse crescimento expressivo, a preocupação das pessoas é como tratar a dor que perdura no pós-Chikungunya.

De acordo com a médica anestesiologista e responsável técnica do Itaigara Memorial Clinica da Dor, Dra. Anita Rocha, esse crescimento assustador de casos tem sido um desafio na qualidade de vida dessas pessoas. “As sequelas da Chikungunya têm se traduzido em um grande sofrimento para os pacientes, muitas vezes incapacitantes, impossibilitando a realização de atividades simples, até mesmo caminhar”, explica.

Mas como lidar com essa dor? Existe algum tipo de tratamento que possa amenizar o problema? Segundo a médica é fundamental avaliar cada caso individualmente, mas, além das medicações analgésicas, a aplicação de técnicas específicas no tratamento da dor pode contribuir para a redução significativa das dores e melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.

“Sessões de acupuntura, fisioterapia e bloqueios periféricos e venosos são alguns exemplos de tratamentos que podem ser aliados no alívio da dor provocada pela Chikungunya”, esclarece a Dra. Anita, que é especialista no tratamento da dor e atua na Clínica da Dor, inaugurada em junho no Itaigara Memorial Hospital Dia, localizado no bairro do Itaigara. A unidade oferece um atendimento integral para a dor em diversas especialidades, como Fisioterapia, Psicologia, Psiquiatria, Ortopedia, Neurologia, Nutrição e Algologia (médico da dor).

Ainda segundo a especialista, o sofrimento causado pela Chikungunya de maneira tão intensa na vida das pessoas torna fundamental a abordagem do paciente de forma multidisciplinar, o que pode incluir até mesmo um acompanhamento psicológico, que auxilie o paciente a lidar com as dificuldades provocadas pelas dores, melhorando a sua qualidade de vida e possibilitando o retorno às atividades de maneira mais prazerosa e menos dolorosa.

Gabriela Bandeira
Comunicativa, antenada e com atuação há mais de 16 anos na área de assessoria de comunicação, Gabriela Bandeira é jornalista formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com curso de extensão na Universidade de Jornalismo de Santiago de Compostela (Espanha). Em 2019, reuniu toda a sua experiência e expertise em comunicação estratégica e conteúdos digitais, com atuação há mais de 12 anos no segmento de shopping center, e abriu a própria agência: a Comunicando Ideias. Filiada à Associação Brasileira de Agências de Comunicação (ABRACOM), possui alcance na Bahia e outros estados do Nordeste.