Aleixo Belov ganha placa de homenagem da Associação Amigos da Marinha por contribuições para a navegação brasileira

O velejador e engenheiro naval Aleixo Belov foi homenageado na noite desta quinta-feira (7), no Museu do Mar, em Salvador, com uma placa de 1,70cm da Associação Amigos da Marinha (Soamar), por suas contribuições para a navegação brasileira e produção literária.

A iniciativa integra as comemorações dos 50 anos de fundação da Soamar e reafirma seu compromisso em preservar e celebrar a história e os feitos dos que contribuíram para o desenvolvimento e a valorização do universo marítimo. Além do descerramento da placa em homenagem ao velejador, a Soamar promoverá um coquetel de confraternização para os presentes.

“Eu quero agradecer a Soamar e espero merecer a metade do que está escrito ali”, declarou Belov. Em seu discurso, ele disse que tudo em sua vida aconteceu de forma muito simples: “Eu me apaixonei pelo mar e não pude fazer diferente. Eu não fiz esforço nenhum, eu não consegui foi fugir dessa paixão. Me apaixonei pelo mar mergulhando, e depois resolvi que queria mergulhar em todos os oceanos”, afirmou o velejador. “Primeiro, eu naveguei para mergulhar, depois eu ganhei dinheiro mergulhando para poder navegar, e gostei tanto, que fiz a primeira volta ao mundo. Fui tão feliz, que decidi fazer a segunda, a terceira, e por aí em diante”, reafirma Belov.

O jornalista Joaci Goes esteve presente na solenidade e contou que conheceu Aleixo Belov ainda na época da escola, e que, por conhecer toda sua trajetória, ao escrever o prefácio de um livro do velejador, utilizou um adjetivo pouco conhecido: “rocambolesco”. “É a palavra que significa realização, de feitos absolutamente inéditos e inigualáveis. É isso que caracteriza Aleixo Belov”, declarou o jornalista.

O presidente do Conselho Deliberativo da Soamar, Zilan Costa e Silva, afirma que Belov é um “tesouro enraizado nas terras baianas, engenheiro visionário que desbravou novos horizontes na construção civil marítima”. Ele lembra que as embarcações do velejador são
“símbolos de inovação e destreza” e que “sua empresa, ao longo dos anos, tornou-se um bastião de excelência, enriquecendo a economia do estado”. “Com recursos próprios, ergueu o majestoso Museu do Mar, não apenas difundindo a cultura marítima, mas também revitalizando os recantos de Salvador. Seu legado ressoa como um farol, inspirando a comunidade marítima e mostrando que a Bahia é um oceano de oportunidades na economia azul. Além disso, suas jornadas pelo mundo alimentam o espírito aventureiro e despertam sonhos em jovens ávidos por descobertas”, enaltece o presidente do Conselho Deliberativo da Soamar.

Sobre a Soamar: A Soamar é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que atua em parceria com a Marinha do Brasil, com diversos núcleos regionais no país. O objetivo principal da entidade é promover o apoio e o estreitamento dos laços entre a sociedade civil e a Marinha, visando a divulgação das atividades marítimas, a defesa dos interesses marítimos nacionais e o estímulo ao patriotismo e à cidadania.

A entidade realiza diversas atividades, como palestras, seminários, debates, visitas a navios e instalações da Marinha, além de promover eventos culturais e sociais relacionados à temática marítima. A Soamar foi fundada em 5 de dezembro de 1973 e tem sede na Avenida das Naus s/n, no interior do 2º Distrito Naval (2º DN), em Conceição da Praia, Cidade Baixa de Salvador.

Aleixo Belov: Nascido em Merefa, no interior da Ucrânia, antigo território da União Soviética, em janeiro de 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, Aleixo Belov deixou sua terra natal aos sete meses de idade nos braços de seus pais, Dimitri e Zinaida, juntamente com sua irmã Olga. Depois do período pós-guerra, a família do navegador saiu da Europa e chegou ao Brasil em 1949, sentindo-se acolhida em Salvador. Aleixo Belov formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, tornou-se professor da Cadeira de Portos e criou sua empresa de Engenharia Portuária, Mergulho e Serviços Offshore. Com seu perfil inovador, desenvolveu uma técnica para fazer concreto submerso com a mesma qualidade com que se faz em terra, sempre perseguiu seus sonhos e, a bordo de veleiros que ele mesmo construiu, viajou por todos os continentes do planeta.

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