Prazeres da Mesa celebra 20 anoscom prêmio Melhores da Gastronomia de 2023 

Dante e Katrin Bassi | Foto: Leonardo Freire

A Prazeres da Mesa já anunciou a data do prêmio Melhores da Gastronomia de 2023. A cerimônia vai acontecer dia 28 de junho, durante a comemoração do aniversário da revista, que atingiu o marco de 20 anos de história. São duas décadas de publicação ininterrupta – o único caso de um veículo gastronômico na imprensa brasileira que nunca deixou de circular. “Quando a gente lançou, pensei que ficaríamos entre as quatro principais publicações. No nosso segundo número, já éramos a segunda maior do Brasil e, em três anos, a primeira”, relata o sócio Ricardo Castilho. 

A premiação anual também é a única do país que contempla todo o território nacional, destacando não apenas os melhores do Brasil, mas de cada região. E é a mais democrática: depois que um colégio composto por jornalistas, chefs e profissionais da área elege os finalistas das 39 categorias, o voto é aberto ao público, que escolhe os vencedores (no ano passado, quase 38 mil pessoas participaram). “Mas todos são vencedores porque já foram apontados como os melhores pelo conjunto de especialistas”, lembra a sócia Mariella Lazaretti. 

Com assinatura da Chandon e patrocínio de marcas como Três Corações e Barilla, o prêmio vai anunciar ainda quatro categorias à parte: Restaurateur do Ano e Conjunto da Obra, escolhidos por uma pesquisa da Egg em parceria com a revista, e Personalidade da Gastronomia e Responsabilidade Social na Gastronomia, eleitos pela própria equipe da Prazeres da Mesa a partir de muito estudo e observação sobre a atuação dos profissionais da área ao longo do ano.

Entre os destaques, seis estabelecimentos concorrem a Melhor Restaurante do Ano – Evvai e Maní de São Paulo, Lasai e Oteque do Rio de Janeiro e Manga e Origem de Salvador. Na categoria de Chef do Ano, o público vai escolher entre Alberto Landgraf (Oteque – RJ), Ian Baiocchi (Íz Restaurante, 1929 Trattoria e Alata Sorvetes – GO), Luiz Filipe Souza (Evvai – SP), Onildo Rocha (Notiê – SP), Rafael Costa e Silva (Lasai – RJ) e Tuca Mezzomo (Charco – SP).  A relação completa de categorias e finalistas segue abaixo. Para quem quiser ajudar a eleger seus estabelecimentos e chefs favoritos, ainda dá tempo: a votação se encerra no dia 7 de junho. 

A festa e o prêmio serão realizados no Memorial da América Latina, em São Paulo, com coquetel de abertura assinado pelos chefs que concorrem na categoria de Melhor Banqueteiro e show acústico do Nasi, vocalista da banda Ira!. O evento deve receber 800 convidados para comemorar os 20 anos de trajetória e brindar aos vencedores dessa edição histórica do Melhores da Gastronomia. 

Duas décadas à mesa

Lançada em 2003, a Prazeres da Mesa é comandada pelos sócios Ricardo Castilho, Mariella Lazaretti, Georges Schnyder e Claudia Esquilante e faz parte do núcleo de gastronomia Mundo Mesa. A publicação mensal já abraçou o setor de eventos no primeiro ano de vida, com a realização do Mesa ao Vivo (na época chamado de Prazeres da Mesa ao Vivo), que sempre teve a diversidade como grande diferencial: o circuito descentralizou a gastronomia do eixo Rio-São Paulo para apresentar também talentos, produtos e o savoir-faire de diferentes regiões do país, como Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Brasília.

Depois vieram o congresso internacional Mesa Tendências, os Jantares Magnos, o festival gratuito Farofa do Brasil, aberto ao público, o Brasa no Mesa, o programa Rotas Gastronômicas de São Paulo e o fórum Mesa Regeneração. A semana Mesa São Paulo, que hoje agrega todas essas iniciativas em um mega evento anual, tornou-se referência da gastronomia no Brasil. No total, são cerca de 20 eventos proprietários por ano realizados pela Prazeres da Mesa. A força do nome da revista também trouxe os maiores chefs do mundo para o país, como Massimo Bottura, Alain Ducasse, Ferran Adrià,  Joan Roca, Gaggan Anand, Francis Mallmann, Michel Bras, Virgilio Martínez, Pía León e Mitsuharu “Micha” Tsumura. 

“É uma revista de gastronomia que não fala só de comida, mas de comida como cadeia alimentar. Virou um hub, um pólo de apoio e de referência para todos que trabalham a favor da comida de verdade, da gastronomia de inclusão”, diz Mariella. Castilho acrescenta que a missão sempre foi mostrar o Brasil como um todo e criar conexões entre os profissionais de cada pedacinho do país, o que serviu de estímulo para que eles mesmos começassem a fazer intercâmbios. “No primeiro número a gente já veio com matéria do Amapá, de Manaus, de Minas, de São Paulo, do Rio Grande do Sul. E foi repetindo isso ao longo dos 20 anos. Acho que o grande sucesso foi ter apresentado o Brasil para o Brasil”, define.