Planejamento familiar: fim de ano é tempo de começar planos para o futuro e a medicina reprodutiva é aliada

Fim de ano é tempo de planejar metas para o novo ciclo que se aproxima. Estudar um novo idioma, trabalhar de forma mais equilibrada, trocar de carro, apartamento ou fazer aquela viagem inesquecível. Os planos são muitos e as metas para 2024 servem para várias esferas da vida, inclusive para os planos de ampliar a família. “Muita gente nos procura, nesse sentimento de ´ano novo, vida nova´, para começar as investigações sobre os motivos da dificuldade de engravidar e buscando ajuda para que, com o novo ano, a família realize o sonho da chegada de um bebê”, explica a médica Genevieve Coelho, Diretora Médica do IVI Salvador.

É considerado infértil, o casal que tenta engravidar durante um tempo médio que varia entre 12 e 18 meses (a depender da idade das pessoas), sem uso de métodos contraceptivos e sem sucesso. Nesses casos, o ideal é recorrer a um especialista em reprodução humana, que irá realizar análises em ambas as partes, e entender o que está acontecendo. Atualmente, as taxas de infertilidade são equivalentes para homens e mulheres. Em 30% dos casos, a infertilidade está relacionada à mulher. Em outros 30%, ao homem. Em 20%, aos 2 juntos e em outros 20% dos casos, ocorre o que a medicina reprodutiva batizou como “infertilidade sem causa determinada”.
Após os exames e anamnese, o especialista apresenta o diagnóstico ao casal. Se a infertilidade apresentada era temporária e existir método de tratamento, esse é realizado para, depois, o casal realizar novas tentativas. Entretanto, se a infertilidade for permanente (causada por ISTs, por tratamentos de doenças como câncer ou doenças como a varicocele), ou ainda, se a dificuldade de engravidar for devido a um problema do homem com seu sêmen ou da baixa reserva ovariana da mulher, o especialista em reprodução assistida irá apresentar as soluções que a medicina poderá oferecer aos pacientes. “Hoje em dia, mesmo que ambos sejam inférteis, é possível gerar um bebê. Podemos recorrer à ovodoação e/ou à doação de sêmem. Através da FIV, por exemplo, o embrião é gerado em laboratório e implantado no útero da futura mamãe”, explica a médica.
Dessa forma, os planos para o ano novo com a família maior, podem começar agora mesmo! E incluem casais hétero, casais homoafetivos, mulheres que desejam ser mães independentes ou homens que desejem ser pais solo. “A sociedade evoluiu e a medicina reprodutiva vem possibilitando às pessoas, o desenvolvimento desses novos e diversos tipos de família”, explica. Hoje, é possível que um casal homoafetivo – masculino ou feminino – gere um bebê com DNA de um dos parceiros. Ou ainda que uma mulher ou homem que não tenha parceiros, mas nutra a vontade da maternidade/paternidade, siga o sonho de forma independente.

E por falar em futuro e em planos para o novo ano, a medicina reprodutiva pode também ajudar aquelas mulheres que ainda não sabem se querem ser mães – ou as que já sabem que querem, mas estão aquecidas na carreira e não podem engravidar agora. Para elas, a grande possibilidade é o congelamento de óvulos. Desse modo, elas preservam a sua fertilidade e podem postergar a maternidade de uma forma mais planejada e tranquila. E embora o fator idade interfira menos nos homens, eles também podem realizar congelamento de sêmen, visando uma paternidade mais para a frente.

“O fim de ano sempre nos traz esse sentimento de planejar o futuro. Nesse sentido, nós estamos muito conectados às histórias de vida de muita gente. Por aqui, já ajudamos muitas famílias a criarem momentos especiais e espero que essa virada de 2023 para 2024, não seja diferente”, conclui Dra. Genevieve.